Prévia da inflação de fevereiro é divulgada nesta terça-feira
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga nesta terça-feira (25) a prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). Esse índice se diferencia da inflação oficial, calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), pelo período de coleta das informações. No caso do IPCA-15, os dados são levantados, geralmente, entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês de referência. Em janeiro de 2025, a inflação oficial desacelerou e ficou em 0,16%.
Alimentos seguem em alta
O preço dos alimentos continua sendo um fator preocupante. No acumulado de 2024, o setor registrou uma alta de 7,7%, sendo o grupo que mais pressionou a inflação. Dados do IBGE mostram que os preços desses produtos aumentaram pelo quinto mês consecutivo em janeiro.
Para especialistas, a tendência é de que os valores permaneçam elevados, especialmente para itens como carne, azeite e frango. Além do cenário externo, as mudanças climáticas são apontadas como um dos principais fatores que impactam os preços.
O governo também acompanha de perto as altas da carne, ovos, açúcar, café, laranja e derivados de soja. Em 2024, alguns desses produtos tiveram aumentos expressivos, como o café (40%) e a carne bovina (25%).
Em entrevista concedida na última quarta-feira (14), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o governo estuda medidas para conter a alta dos preços.
“O que está muito fora de propósito hoje é o ovo, e nós estamos agora fazendo um estudo desses alimentos que estão fora da curva. As carnes e o ovo. O açúcar ainda está fora da curva. O café ainda está fora da curva. E a laranja. Então, estamos analisando para ver quais medidas podem ser adotadas”, declarou o ministro.
Transporte foi o maior impacto na inflação de janeiro
O grupo Transportes foi o que mais pressionou a inflação de janeiro, registrando alta de 1,30%, impulsionado pelo aumento das passagens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%).
O reajuste no transporte público impactou diretamente o IPCA, com aumentos nas tarifas em várias cidades:
Belo Horizonte: +9,52% (a partir de 1º de janeiro)
Rio de Janeiro: +9,30% (a partir de 5 de janeiro)
Salvador: +7,69% (a partir de 4 de janeiro)
São Paulo: +13,64% (a partir de 6 de janeiro)
Além disso, os combustíveis subiram 0,75%, com destaque para:
Etanol: +1,82%
Óleo diesel: +0,97%
Gasolina: +0,61%
Habitação teve a maior queda
Por outro lado, o grupo Habitação registrou a maior queda, com uma redução de 3,08%, ajudando a segurar a inflação.
O principal motivo foi a queda no preço da energia elétrica residencial (-14,21%), reflexo do Bônus de Itaipu, que reduziu o valor das contas de luz.
Fonte: noticias.r7