Índice Bovespa fecha perto de recorde após 8ª alta consecutiva


A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) bateu novo recorde, ontem, por volta das 13h, pelo horário de Brasília, de 134.574 pontos — máxima diária e histórica do índice —, embalada pelas bolsas internacionais e pelos balanços positivos de empresas brasileiras ao longo da semana. No fechamento, o Índice Bovespa (IBovespa), principal indicador da B3, subiu pelo 8º pregão seguido e encerrou o dia com alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, abaixo do pico de 27 de setembro de 2023, de 134.193 pontos.

Na avaliação do economista e sócio da GWX Investimentos, Ciro de Avelar, o recorde do IBovespa foi alavancado, principalmente, pelo fluxo de capital estrangeiro. “O Brasil ainda é um mercado emergente muito atraente, principalmente quando a gente observa os juros reais, a gente está com 10,50% ao ano de taxa Selic (básica da economia) e 4,5% de inflação, então, o estrangeiro que ainda tem juros menores lá fora pega o dinheiro e vem investir aqui no Brasil”, explica.


Conforme o analista da VG Research, Guilherme Morais, o resultado positivo do IBovespa é resultado de um cenário macroeconômico mais favorável nos Estados Unidos. Duas estatísticas foram divulgadas ontem, no país. As vendas no varejo tiveram uma alta de 1%, bem acima das projeções iniciais, que indicavam um crescimento de apenas 0,3%. Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego vieram abaixo do esperado.

“Dessa forma, o mercado reduz a possibilidade de desaquecimento e receio de recessão na economia americana, que ficou no radar desde o último dado de payroll no início do mês”, conclui o analista. O dólar comercial encerrou o pregão em alta pelo segundo dia seguido, desta vez, de 0,27%, cotado a R$ 5,484 para a venda. O movimento acompanhou o de outras moedas ao redor do mundo, devido à valorização da moeda norte-americana, que subiu 0,44% no Índice DXY.

O economista-chefe da Bluemetrix Asset, Renan Silva, considerou que analisar somente o ganho nominal do IBovespa não é suficiente. Segundo ele, é necessário avaliar a média de retorno projetado pelas ações negociadas na Bolsa, que é calculado pela divisão entre o preço da ação e o lucro por ação (P/L). Atualmente, leva-se cerca de 8,5 a 9 anos, em média, para o investidor obter algum retorno sobre o papel comprado, o que indica que a Bolsa está mais “barata”. “A máxima histórica foi obtida no início dos anos 2000, quando o IBovespa chegou a ter um P/L de 20 anos. A média histórica fica em torno de 11,5 anos, e, hoje, ainda trabalhamos abaixo desse patamar. O que ainda gera muita atratividade”, disse.

 

Altas e baixas

Conforme os dados da B3, ontem, as ações do IRB Brasil registraram a maior alta entre as listadas no IBovespa, com salto de 30,66%. A companhia divulgou balanço do segundo trimestre deste ano, quando obteve lucro de R$ 65 milhões — acima do projetado pelos analistas. Também tiveram bons desempenhos as ações da Alpargatas e do Magazine Luiza, com altas de 4,84% e de 4,32%, respectivamente.

Enquanto isso, as maiores quedas ficaram por conta dos papéis da empresa de produtos para animais domésticos Petz, que encerrou o dia com queda de 9,69%, após divulgar o balanço do primeiro semestre deste ano com um lucro inferior ao registrado na segunda metade de 2023. Também tiveram uma queda mais forte as ações da Natura e da distribuidora de energia elétrica de Minas Gerais, a Cemig, que recuaram 5,76% e 3,84%, respectivamente.

Já as Americanas desabaram 58%, ontem, na pior queda diária no ano, fechando a R$ 0,14. Durante o dia, os papéis da empresa chegaram a registrar desvalorização de 70%. Apesar disso, a varejista não afetou o IBovespa, porque a companhia não integra a lista da B3 desde 2023, quando entrou com um pedido de recuperação judicial após anunciar prejuízo de R$ 40 bilhões. Ontem, foi divulgado o balanço financeiro da empresa, que revelou um prejuízo de R$ 3,2 bilhões em 2023. No primeiro semestre deste ano, o saldo também foi negativo, em R$ 1,4 bilhão.

Na avaliação da sócia da SM Futures, Vitória Saddi, mesmo com uma melhora em relação a 2023, o cenário da empresa ainda é de perdas. “Isso, obviamente, tem impacto no preço das ações. Teve essa queda hoje (ontem), mas, na verdade, é uma queda esperada, porque, com um prejuízo e um escândalo dessa magnitude e ainda ter um escândalo, ter uma ação valendo maior que zero já está bom. Acho que a queda ainda vai continuar”, avaliou a economista.

 

Fonte: Correio Braziliense

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