Inflação anual registra sua primeira alta em 9 meses


É a primeira alta da inflação anual desde setembro do ano passado, nove meses atrás. O IPCA acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,93%, vindo de 3,68% em abril – no mês, 0,46%, contra 0,38% no mês passado; e acima da mediana das previsões, que apontava para 0,42%.

A maior pressão veio dos alimentos: 0,62%. Mesmo assim, foi uma redução sobre os 0,70% de abril. Também esperava-se uma alta acima da média por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção e a distribuição. 

A má notícia para valer vem do setor de serviços: 0,40% em maio, contra estabilidade em 0,05% no mês passado. Em 12 meses, o setor acumula periclitantes 5,09%. 

A questão: os preços dos alimentos são voláteis – respondem mais ao clima do que aos juros do Banco Central.

Os dos serviços não. As altas ali revelam o que os economistas chamam de “desancoragem” da inflação. A manicure, o borracheiro, a start up de IA (os “agentes econômicos”) aumentam os preços de seus serviços por receio de que os preços vão subir – e isso por si só já eleva a inflação.  

Esperava-se que a Selic em dois dígitos já tivesse “ancorado essa expectativa”, ou seja, desacelerado as altas de preços com mais força. A resiliência da inflação ali preocupa o BC, e certamente não vai inspirar cortes mais profundos na Selic. 

Somando isso ao corredor polonês da questão fiscal, que toda semana traz uma surpresa nova, é mais fácil apostar numa alta dos juros em algum momento.

Nesse cenário nada favorável, o governo vai formalizar neste mês a mudança no sistema de metas de inflação – decidida há um ano. A meta vai seguir em 3%, com margem de 1,5% para mais ou para menos. Mas a cobrança pelo cumprimento deixa de ser ano a ano. 

Em vez de ter de alcançar a meta entre janeiro e dezembro, o BC passa a ter um intervalo de tempo incerto. Os 3% se tornam um “ideal”, um objetivo para a inflação em 12 meses sem prazo definido.

Trata-se de uma ideia copiada do Fed, o Banco Central dos EUA. No segundo semestre de 2020 derrubaram a meta anual para não se comprometerem com um aumento de juros em meio à pandemia. 

A pandemia acabou, mas o conceito de meta mais relaxada, que traz maior perigo de inflação, ficou. E agora aporta oficialmente por aqui. 

 

 

Fonte: Invest News

 

Moedas - 15/09/2025 07:00:00
  • Nome
  • Compra
  • Venda
  • Comercial
  • 5,352
  • 5,355
  • Paralelo
  • 5,332
  • 5,335
  • Turismo
  • 5,390
  • 5,557
  • Euro
  • 6,281
  • 6,297
  • Iene
  • 0,036
  • 0,036
  • Franco
  • 6,722
  • 6,739
  • Libra
  • 7,274
  • 7,278
  • Ouro
  • 626,669
  • 626,795
Mensal - 01/09/2025
  • Índices
  • jun/25
  • jul/25
  • Inpc/Ibge
  • 0,23
  • 0,21
  • Ipc/Fipe
  • -0,08
  • 0,28
  • Ipc-di/Fgv
  • 0,16
  • 0,37
  • Igp-m/Fgv
  • -1,67
  • 0,77
  • Igp-di/Fgv
  • -1,80
  • 0,07
  • Selic
  • 1,10
  • 1,28
  • Poupança
  • 0,67
  • 0,68
  • TJLP
  • 0,72
  • 0,75
  • TR
  • 0,17
  • 0,18
  • 15/Setembro/2025 – 2ª Feira.
  • IOF | Imposto sobre Operações Financeiras.
  • IRRF | Imposto de Renda Retido na Fonte.
  • CIDE | Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
  • COFINS/PIS-PASEP | Retenção na Fonte – Autopeças.
  • Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf)
  • Previdência Social (INSS) - Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual.